terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Não há machado que corte…















O poeta tem razão mesmo.
«Não há machado que corte a raiz ao pensamento» (Manuel Alegre).
Aqui, no meu canto calmo e quente, e enquanto oiço a lareira a crepitar, os gatos a ronronar e uma música de que gosto em fundo, o meu pensamento vai voando.
Sempre, durante o Inverno, há momentos de maior introspeção.
As condições, pelo menos no meu caso, são propícias.
Neste silêncio saudável e aconchegante, as lembranças fluem.
Umas muito boas, outras nem tanto; umas que deixaram saudades, outras que marcaram fundo… eis que se apresentam e me levam ao encontro de tantos caminhos que em tempos já percorri e que, diria até, já estão gastos de tanto usar.
Ainda que seja uma frase feita e corriqueira, a verdade é que «recordar é viver»!
E quando se recorda de uma forma saudável, as recordações podem ser úteis.
Podem até, penso eu, ajudar a fazer a catarse que, quantas vezes, é necessária.
 Necessária, só que difícil.
Parecendo um bicho feio tímido e medroso.
Para isso são precisas condições.
Neste momento, e no meu caso, tenho-as mesmo.


Abraço. 

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