quarta-feira, 4 de maio de 2011

Educar não é fácil















Educar é uma das tarefas mais difíceis e complexas de realizar.
Em casa e na escola.
Se estes dois pólos falharem esta obrigação, estão a falhar a base dos alicerces do futuro.
Crianças e jovens sem alicerces não nos garantem um futuro com princípios de educação e atitudes de civismo, que nos orgulhem em qualquer sítio e em qualquer momento.
Mesmo nos sítios e nos momentos mais difíceis.
O que acontece é que educar dá trabalho.
Dá trabalho, sim.
Sério.
Persistente.
Paciente.
Exige disponibilidade e, sobretudo, uma boa formação humana com bases sólidas.
A boa formação humana, o gosto pelo que se faz, o empenho, são importantes.
Os pais, qualquer que seja a sua formação escolar, muitas vezes conseguem um bom trabalho.
Alguns.
Outros, preferem a fórmula mais fácil.
Fazem tudo menos educar.
Enchem os rebentos de ideias fúteis, sem conteúdo. É preciso é que os meninos estejam, nesse particular, à altura dos outros que os rodeiam.
O mais importante, os princípios, a educação, o respeito, os afectos, o espírito de família e outros princípios, passam ao lado de muito gente que se acha responsável e apta.
Acham que educar é mimar e dizer sim a tudo.
Ou dizer e desdizer logo a seguir.
Enganam-se.
Educar, segundo me ensinaram a minha longa experiência e a formação que tive, para lá de dar carinho e mimar quando necessário, é criar regras e disciplina.
E ser firme a aplicá-las.
Que não faltem a educação, o respeito pelo outro, o civismo, os afectos, repito (ai como os afectos estão esquecidos), a solidariedade, e outros.
Educar não é só querer que os meninos aprendam a ler e a escrever depressa, ainda antes do tempo estipulado para isso.
Não é só dar-lhes um curso para se darem bem na vida (ou não), não é só dar-lhes o carrito quase antes da idade.
Não é dar-lhes liberdade a partir dos doze, treze anos, e deixá-los entregues a si próprios.
Horas sem fim rodeados das mais altas tecnologias, que só são úteis quando bem usadas e sem excessos.
Educar é algo muito mais complexo e completo.
O que é mau é que há muita gente que não entende isso.
E, na sua cegueira de pais e educadores, enlevados e orgulhosos da sua obra, nem se dão conta do resultado final. 
Esperemos melhores tempos.
Será que virão?

Abraço.

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