sábado, 14 de maio de 2011

Política















Quando, depois de muitos sacrifícios e de muitos sacrificados, se deu o 25 de Abril, inocentemente eu e muitos outros idealistas pensámos que agora sim, éramos livres.
Seríamos mais felizes
Não teríamos mais guerras, não seríamos mais explorados e não seríamos mais remetidos ao silêncio.
A tão temida polícia política não perturbaria mais a nossa paz e privacidade.
Era demasiado bom para ser verdade.
Estava a saber tão bem.
Era tão compensador.
A festa começou e durava, durava, durava…
A alegria, o entusiasmo não cabiam no peito.
Tinha que ser partilhada, tinha que ser gritada nas ruas.
Depois de anos tão duros, não havia cansaço que nos vencesse.
Este sonho durou pouco.
Apareceram os partidos políticos e começaram as divergências.
Cada um a querer ser melhor que o outro, cada um a impor-se, a chamar para si o poder,
o maior protagonismo.
Começaram as divisões e as diferenças acentuaram-se.
Politizou-se tudo e cada um começou a puxar para seu lado.
As divisões não trouxeram nada de bom, acabaram com a alegria e com a festa.
Começaram escaramuças, houve divisões e as raivas eram notórias.
A liberdade foi mal interpretada e os excessos aconteceram.
A falta de experiência e os idealismos não foram benéficos.
A desilusão começou a instalar-se.
Por mim concluí que a plotização foi o começo do fim da festa.
Ontem, como hoje, os políticos serviram-se, a si e aos amigos.
Os que tinham o poder fizeram o que puderam e nem sempre como deviam.
A política praticada assim, não ajuda nada.
Isto digo eu.

Abraço.

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