quarta-feira, 18 de maio de 2011

Primavera interrompida











Assim.
Sem mais nem menos.
Tudo ficou diferente.
O sol forte e todo sorrisos, recolheu-se.
Fecharam-se todas as portas do céu azul.
Foi como se do dia se fizesse noite.
Do silêncio se fizesse barulho.
Foi como se alguém de mau humor se rebelasse e partisse tudo.
As nuvens escuras, carregadas, não aguentaram e largaram a carga, vociferando.
Thrum, thrum, thrum…
Ping, ping pong, pong thrum…
Foi como se uma onda de raiva passasse e largasse ali toda a sua raiva contida.
A primavera quedou-se.
Respeitou o desaguisado.
Deu espaço.
Mais sensato assim.
Logo que resolvam a disputa, tudo voltará ao normal.
Aí, ela, a primavera, reaparecerá esplendorosa, em toda a sua pujança.
Nós continuaremos serenamente a respirá-la e a deleitar-nos com as suas cores, cheiros e ambiente.
Há sempre quem, por necessidade ou insensatez, perturbe a serenidade em que vivemos.
Sabemos que não te deixas impressionar.
Até já, primavera.

Abraço.

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