segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ainda a propósito do voto












É certo que estamos todos muito cansados desta ida constante às urnas.
É certo que pouco ou nada se tem alterado com isso.
É certo que o desânimo é próprio de quem não obtém os resultados que deseja.
Mas também é verdade que não é ignorando o direito ao voto e abdicando da obrigação de votar que ajudamos ao que quer que seja.
Não é comportando-nos como gente amorfa e sem vontade própria, que vamos a algum lado.
Não é ignorando ou fingindo que não vivemos neste país e assobiando para o lado que marcamos alguma posição que nos orgulhe.
Não é dizer que não temos nada a ver com o que se está a passar, porque todos temos.
Embora uns mais que outros.
Devo dizer que também eu me sinto defraudada com toda esta politiquice de trazer por casa, mas a última coisa que farei será auto-marginalizar-me como cidadã de corpo inteiro.
Não me sentiria bem se andasse a gritar aos sete ventos que está tudo mal e não tivesse opinião.
E não a manifestasse.
E sempre no sítio próprio.
No caso concreto, nas urnas.
Tive esperança que, desta vez, as pessoas estivessem mais conscientes da sua obrigação.
Tive a esperança de que a abstenção fosse bem menor.
Enganei-me.
Ou é inconsciência ou ignorância.
Provavelmente as duas coisas.
Se calhar alguns nem imaginam o que é viver amordaçado, sem liberdade de expressão.
Se calhar está-lhes a fazer falta um estagiozinho.
Eu quereria estar longe.
Já provei desse petisco!...

Abraço.

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