domingo, 19 de junho de 2011

Hospitalidade















Portugal sempre teve fama de ser um país hospitaleiro.
As pessoas na sua maioria são afectuosas, simpáticas, generosas, abrem com gosto as suas portas e franqueiam a entrada.
Não sei se nos tempos que correm ser hospitaleiro será tão positivo assim.
Nunca se sabe se quem nos bate (toca) à porta será pessoa que nos visita por bem ou se terá outras intenções que desconhecemos.
Os tempos mudaram!...
As boas qualidades, o civismo e o carácter, têm-se alterado de geração para geração.
Os tempos modernos não investem na educação, nas boas maneiras e no respeito pelos outros como investiam antes.
Tudo, nesse aspecto, é agora muito menos cuidado.
Nos tempos idos lembro-me bem, toda a gente se respeitava muito.
Então com os mais velhos, lidava-se quase com reverência.
Era tanto assim que, em muitas famílias, os filhos nem sequer tinham à-vontade para falarem olhos nos olhos com os pais, o que era um exagero.
Agora é outro exagero, para pior.
Na sua maioria, as relações são descuidadas e desrespeitosas.
Os excessos de má criação notam-se em cada gesto, em cada atitude.
Para alguns, qual respeito, qual hospitalidade?
Corremos o risco de sermos surpreendidos com atitudes que nunca na vida imaginámos
que alguém tivesse a ousadia de ter connosco.
Corremos o risco de visitar alguém que estimamos com a melhor das intenções, e sermos recebidos com atitudes mal-educadas, sem qualquer espécie de afecto, e inclusive barrados á porta.
Qual gente inoportuna e indesejada.
Acontecem situações destas no Portugal da Europa, no século vinte e um.
Mais grave.
Estas atitudes vêm de gente que teria obrigação de conhecer os princípios da educação e do relacionamento entre pessoas.
Pode-se calar isto?
«Vemos ouvimos e lemos não podemos ignorar».
Que bom seria investir mais no civismo, e não tanto nas tecnologias.
Mais hospitalidade.
Mais educação.
Mais afecto por favor.

Abraço.

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