Nesta sociedade agressiva e indiferente em que vivemos, onde
as pessoas se habituaram a viver isoladas e egoisticamente centradas em si, não
é de estranhar que nos cheguem todos os dias notícias de idosos que morrem ao
abandono, sem que ninguém lhes note a falta.
Pobre sociedade, ao que chegaste!...
Deixou de ter importância a cultura da amizade.
Da partilha.
Do espírito de família.
Da proximidade e do convívio desinteressado.
Que grande falta de alicerces para que se construa um futuro
melhor.
Em contrapartida, temos à disposição toda a espécie de meios
virtuais.
Para que nos contactemos.
Um contacto à distância e frio.
Que nem por sombras substitui o contacto físico e quente que
uns olhos ou um abraço podem transmitir.
Nem tão pouco à distância se podem detectar carências
afectivas ou outras.
É claro que estes meios são necessários.
Em matéria de evolução e avanço tecnológico, foi um grande
passo.
Não podem nem devem é substituir nada que diga respeito ao
contacto directo.
Esse, sim, aquece e dá confiança.
É preciso que se retomem os hábitos de inter-ajuda.
Um ombro, às vezes é meio caminho andado para que se evitem
as situações desumanas a que temos vindo a assistir.
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