sexta-feira, 30 de março de 2012

Mãe chuva















Mãe chuva apareceu.

Como eras desejada, chuva!
Como tudo estava sedento de ti!...
As plantas, as árvores, as flores e todos os seres vivos saúdam-te.
Eu em especial.
Desta vez, sem qualquer interesse mais egoísta.
Gosto muito de chuva e de lareira, mas agora outros valores mais altos se levantam.
Os campos estavam com um ar amargurado e triste, tal era a sede.
Os verdes já quase não eram verdes.
As hortaliças vergadas de tristeza.

Os humanos e os animais, com olhares interrogativos e ansiosos.
As perguntas andavam no ar sem serem ouvidas.

Foi bom acordar de noite com o tamborilar das tuas gotas no telhado do meu quarto.
E como eram fortes!
E persistentes.

Fiquei feliz por te ouvir.
Sei que muita gente ficou feliz como eu.
Sei que a terra te recebeu e acarinhou.
Os verdes ficaram mais verdes, os riachos soam mais forte.
Os campos estão agora prenhes, para um dia destes brotarem de vida.

Bem vinda, Mãe chuva.

 Abraço.

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