Este fim de Inverno primaveril com laivos de Verão,
enche-nos de vontade de dar uma reviravolta a tudo o que durante meses quase
não mexeu.
Este ano frio e seco reteve-nos demasiado tempo entre quatro
paredes.
Apesar do sol que tem estado sempre presente, o ar gelado
que se tem feito sentir deixou-nos encolhidos com o nariz no quente.
Agora com as temperaturas a subir, dá gosto dar uma geral em
tudo.
Incluindo nós próprios.
Abrir portas, janelas, limpar, rearrumar e, se for possível,
transformar o que já nos cansou.
Sem dúvida que dá algum trabalho, mas compensa.
É com prazer que o nosso espaço interior e exterior aparece
renovado e com uma maquilhagem fresca e atractiva: «civilizado», como já alguém
disse.
Começa a apetecer sentar ao sol e, para lá de outras coisas,
observar a agitação das aves.
O ritual do acasalamento aí está em grande.
Gosto de observar o comportamento meio coquete meio exibicionista
destes seres.
Elas esvoaçam, elas soltam pios estridentes e alegres, num
corrupio imparável e feliz
Também os humanos, à sua maneira, precisam de sentir
renovação e mudança.
De sentirem que a
vida não é inerte.
Que a vida é feita de movimento e inovação.
Bem-vinda, Primavera.
O teu sol é fonte de
vida.
Abraço.
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