Está a aproximar-se o dia de finados.
É quase certa uma invasão às campas de quem já partiu.
Em todo o país é a corrida às flores.
O seu preço triplica.
Os cemitérios enchem-se.
De semblante carregado, cada um procura alindar o melhor que
pode a última morada dos seus entes queridos.
É a tradição a cumprir-se.
Não tenho nada contra.
Contudo, tenho há muito tempo a minha opinião formada sobre
este tema.
Como já aqui tenho referido, tenho infelizmente autoridade
moral q. b. para falar de perdas.
- De caminhadas para o cemitério.
- De ramos de flores.
- De saudade que dói.
Tudo isto é normal.
Mas o que para mim tem mais peso é a lembrança que fica.
- Os laços que não se desfazem.
- As memórias que marcaram e que nos visitam todos os dias.
- Que nos mantêm, ainda que sem flores, unidos todos os dias
de todos os anos.
Tudo o resto, que muito respeito, é cumprir a tradição.
Uma tradição que, por mim, acho lúgubre e que as pessoas
cumprem obrigatoriamente de ar compungido.
Para lembrar e homenagear os nossos, também é preciso não os
esquecer no resto do ano.
Ainda que não haja flores nem velas.
É este o meu sentir.
Abraço.
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