Isto é um filme.
A determinada altura, a criança chora convulsivamente
Não sou adepta de nenhum clube e raramente olho para os
jogos de futebol.
Ontem foi diferente.
Sentei-me e vi o jogo Benfica-Guimarães.
Era um jogo especial e fiquei curiosa.
Ainda mais depois dos últimos desaires do Benfica.
Não percebo nada das regras do jogo, não conheço os
jogadores, mas era a Taça de Portugal que estava em causa.
Não gostei do que vi, não me entusiasmei e tirei conclusões
pouco abonatórias em relação ao «desportivismo» dos adeptos e dos jogadores.
Penso que desporto não é de modo nenhum o que esteve à nossa
frente.
Com jogadores a não perderem oportunidade de se agredirem e
de fazerem picardias uns aos outros.
Também, penso eu, desporto não é fanatismo nem falta de educação.
Assim como eu o vi, é mais ou menos uma batalha desleal
entre aqueles que deveriam fazer do jogo uma arte e um divertimento saudável.
Depois, houve uma coisa que me chocou.
Quando o resultado já era mais ou menos evidente, havia
jovens e crianças – meu Deus!... – a chorar convulsivamente aquela derrota.
Peço desculpa mas aquelas crianças estão mal conduzidas!
Ensinaram-lhes o caminho errado!
No desporto a sério não há fanatismo.
É preciso saber aceitar naturalmente as vitórias e as
derrotas.
Isso, sim, é desporto.
Já agora e para pôr a cereja no topo do bolo.
Aquele empurrão do jogador ao Jorge Jesus foi o desfecho do
que, para mim, foi mau demais.
Mas as crianças, Senhor, quem vai em seu socorro?
Que tal preparar os
pais para saberem sê-lo?
Sem comentários:
Enviar um comentário