Costuma dizer-se que cão que ladra não morde.
Nem sempre será assim.
Às vezes há matilhas que, sem esperarmos, ladram e mordem
mesmo.
Não se vê é o sangue…
Ficam só as marcas - por vezes irreversíveis.
O sangue poderá aparecer mais tarde.
Em actos tresloucados das vítimas.
Provocados pelo desânimo, pela desilusão, pela frustração e
impotência.
Os «cães», os que ladram, continuam felizes.
Felizes e sem problemas.
Fazem as leis, fazem os acordos, seja lá o que for – e marimbam-se
para os efeitos.
Nem se deram conta de que provocaram insanidade, que por sua
vez gerou a violência.
Pois é, nunca fiar.
Nem sempre os cães que ladram são inofensivos.
Já os que não ladram, esses sim: quando menos esperamos,
somos mordidos pela calada.
O efeito surpresa é ainda mais devastador.
Nunca pensámos que nos acontecesse uma traição tão inesperada,
vinda de tanto silêncio.
Às vezes, até, submissão.
O cão que não ladra afinal morde mesmo!
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