terça-feira, 14 de maio de 2013

Senhores deslumbrados




Senhores.

Há tantos!...
Uns são gordos, anafados e balofos.
Outros mais finos, apessoados e com pose de gente de bem.
Em ambos os casos, quase sempre donos de uma prosápia que convence.

São esses que normalmente levam atrás os incautos, os ingénuos e os crédulos.
São eles que depois de apanharem o poder, esquecem quem os levou até lá.
São eles também que de uma certa forma sádica, usam e abusam desse poder.
E que com ele trituram, felizes, aqueles a quem deveriam agradecer.
São também eles que esquecem, logo na primeira esquina, que sem o apoio desses mesmos, não passariam, na sua grande maioria, de cidadãos anónimos e esquecidos.

Que, a partir do momento em que sobem os degraus tão desejados, os senhores mudam.
Não só a fatiota, mas também os modos.
Fazem voz grossa.
Ameaçam, dizem e desdizem com a maior desfaçatez.
Deixam à porta do poder os beijinhos e os abraços de feira.
Passam a usar grandes carros com «chaufeur» e as mordomias e benesses são mais que muitas.
Os senhores são o retrato da deslealdade.

A ralé?
Quem?
Não conhecem.
Têm coisas bem mais importantes para pensar!... 

Senhores.

Com nome, mas com memória curta.
Com nome, mas sem hombridade nem honra.

Senhores indignos desse nome.

É olharmos para o governo.

Abraço.

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