quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Desabafo











Felizmente não sou uma pessoa que dependa da televisão para ocupar o meu tempo, ou simplesmente, para me servir de companhia. Limito-me a ver os noticiários que enjoam com a crise, com a propaganda eleitoral e com as notícias das desgraças, repetidas até à exaustão, ou com um ou outro programa engolido sem gosto e com alguma indiferença.  
Contudo, não posso esquecer aqueles (as) que, por motivos vários, estão em casa impossibilitados de sair e cuja única distracção, é aquela caixa mágica. Dela dependem quantas vezes, para esquecer as agruras da vida!
Bom, mas então o que é que lhes é servido?
Uma panóplia de programas desprovidos de um mínimo de qualidade, embrutecedores, estupidificantes, que em vez de ajudarem a exercitar o cérebro, o torna cada vez mais parado, mais preguiçoso, e alienado. É revoltante ver gastar tempo e dinheiro (de todos nós, no caso dos canais públicos) de uma forma tão vazia e inútil.
Que programas deprimentes passam à frente dos nossos olhos!
Que futilidades, que esvaziamento cultural a que nos sujeitam!
O que passa pela cabeça dos «donos» das televisões? Será que só as audiências é que contam?  
E a televisão pública, será que não sente obrigações?
Será que a palavra cultura saiu do vocabulário dos responsáveis?
Depois querem que os valores, os princípios, a história, as tradições do nosso país continuem vivas.
Na minha perspectiva, estamos a caminhar a passos largos para o reino da ignorância.
Não é com programas tipo caridadezinha e lamechices que se cultiva o povo, que se tira da insatisfação e dificuldades em que já se encontra.
Merecíamos melhor, merecíamos programas de qualidade, e que não nos passassem atestados de imbecilidade.
Programas divertidos e com conteúdo.
Abraço.
               

Sem comentários:

Enviar um comentário