segunda-feira, 4 de abril de 2011

Não, não é o céu








Dentro do meu carro, disposta a usufruir do que tenho de mais próximo, dou comigo
numa espécie de mundo imaginário.
Tenho a rodar um CD do Rodrigo Leão: uma belíssima faixa de música clássica.
Com os olhos postos na paisagem, vejo deslizar por cima do mar seis parapentistas em cadenciada sincronia.
Ironia ou não, o movimento parecia ter sido uma coreografia ensaiada para a música
que estava a ouvir.
Foi lindo, observar aquela união.
Em silêncio e com o zem…zem…da água a poucos metros.
Fechei os olhos e gozei a calma e beleza do local.
Podia ser um local exótico. Mas não: era «apenas» Portugal, Sesimbra,
Lagoa de Albufeira, sem a confusão do turismo de verão.
Para quê sair do país à procura de mais beleza?
Está aqui mesmo ao lado!..
Também assim se vão combatendo os aspectos menos bons da vida.
Com os olhos e o espírito ocupados e com esta realidade.
Pouco mais haverá para desejar.
Saúde, apenas, e paz.

Abraço. 

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