sábado, 2 de abril de 2011

E o conhecimento?













É isso.
Para estar à frente de um infantário é preciso conhecimento profundo da matéria, muita sensibilidade e muita honestidade.
Sensibilidade em relação às crianças e também delicadeza, calma e imparcialidade no relacionamento com os adultos.
Quer sejam pais, quer sejam trabalhadoras.
Diria até que, principalmente, com as trabalhadoras.
Estar ao «comando» sem estas características, pode ser um desastre.
Já vi várias responsáveis não serem dignas desse nome.
Serem apenas figuras que estão ao serviço das direcções, «levam e trazem» sem se preocuparem minimamente em esclarecer os senhores que mandam.
E, ou por incúria ou por ignorância, mandarem às malvas a educação que deveria estar a ser praticada.
Passarem o tempo de rabinho sentado e sem a mínima preocupação com o que é mais importante.
Passam as mensagens todas a frio como se os assuntos não lhes dissessem respeito.
Tão seguros do seu papel, que tudo o que seja dito bate na sua incapacidade de resolver o que quer que seja.
A opinião dos trabalhadores é o que menos importa.
Estão ao serviço de quem mais pode.  
Essas «responsáveis» não têm qualquer perfil para a tarefa.
Só podem lá ter ido parar ou através de cunhas, compadrios e / ou por ignorância de quem os escolheu.
Qualquer pessoa minimamente esclarecida, ainda que não seja do ramo, entende isto.
Escusado será dizer, que esta situação não é producente.
Gera-se um ambiente de insatisfação, fricções, atritos e nada pode funcionar com seria desejável.
A responsável, muitas vezes deslumbrada com o pequeno poder que acabou de lhe calhar em sorte, desata a impor-se da pior forma.
Fica prepotente, cheia de si e com as costas quentes por quem não percebe nada do que se passa no terreno da educação.
Normalmente as direcções que estão à frente das instituições são constituídas por pessoas de boa vontade, que têm a sua vida profissional e que, não só não têm muito tempo para dedicar a questões que não seja a gestão financeira, como não têm conhecimentos de psicologia ou pedagogia.   
Também em alguns casos, eles se servem do tal pequeno poder, para subir socialmente.
É ver quem precisa à sua volta a mendigar um lugarzinho para a criança que já chegou ou está para chegar.
O mesmo se passa com a pessoa que puseram à frente do infantário. Se não houver imparcialidade, o poder é seu e a influência é total.   
Logo, quando, ou por falta de disponibilidade ou por conluio, só a sua voz é que conta, aquele que por acaso se atreva a contestar, normalmente leva um carimbo.
A partir daí, fica debaixo de mira.
Passa a ser um elemento indesejável.
Este é um problema comum a quase todos os infantários.
O caciquismo é rei e o conhecimento e a coragem não abundam.
É uma situação que pode passar despercebida àqueles que todos os dias deixam os seus filhos com confiança nas instituições.
É de ter em conta.
Muitas das questões que possam correr menos bem, e de que muitas vezes culpam apenas as trabalhadoras, têm origem em situações de mau funcionamento da chefia.
Barco sem leme, pode não chegar a bom porto.

Abraço.

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