quinta-feira, 31 de março de 2011

É bom ter cérebro















Dei comigo sentada junto ao mar.
Ali mesmo.
Colada.
Com uma caneta imaginária, fui escrevendo o que, naquele momento me apetecia perguntar.
Obtive respostas que me agradaram.
Calma, paz, amor.
Amor?
Amor sim, aquela palavra tão gasta e já pouco usada.
E quando se usa, quase nunca é com verdade.
Por onde anda o amor?
Não se vê.
Não se usa.
Passou de moda.
Calma?
Não se nota.
Esta vida de correria e interesses não deixa!
Paz?
É só ver as guerras no mundo e não só!
Quem se preocupa com estes sentimentos?
Virámo-nos para outros objectivos mais palpáveis!..
Aqui, neste momento comigo, estou longe desse mundo e gosto.
O que se passa fora de mim é apenas ruído.
De fundo.
Lá longe, muito longe!...
Ter tempo para pensar e olhar para dentro sabe-me bem.
Deixa-me leve e de bem comigo.
Às vezes, com um amargo de boca pelas conclusões.
Mas tranquila e em paz.
Nesta época de ebulição geral, é bom pensar.
É bom ter o cérebro ocupado.
Se não for assim, corre o risco de ficar caduco.
Sinto que é meu dever remar contra a maré.
Ainda que corra o risco de ser idealista.
E sou.

Abraço.


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