sábado, 19 de março de 2011

Natureza é outra coisa















Para quem não conhece o Cabo Espichel e a sua zona periférica, é difícil descrever aquela beleza natural.
É digna de ser vista e absorvida.
Absorvida pelo olhar, pelos ouvidos e por todos os outros sentidos, não esquecendo o olfacto.
Depois de algum tempo sem visitar aquela zona, apeteceu-me voltar.
Que imensidão de verde a perder de vista.
Que silêncio bom de se ouvir.
Que paz de espírito.
Que limpeza cerebral.
Poder usufruir desta tão cobiçada qualidade de vida, é sem dúvida um privilégio.
Durante uma hora de passeio a pé, o único ruído que se ouviu foi o sibilar da aragem e o restolhar de um ou outro coelhinho que, de orelhas em jeito de radar, se dava conta dos passos, ainda que leves.
Que bom que é ter próximo de casa todo este espaço e poder fazer uso dele.
Por momentos, esqueci o mundo-cão em que se vive, para me deliciar com o belo
e o natural.
Esta zona é das poucas reservas naturais que, na medida do possível, se mantém quase intacta.
Toda a espécie de flora e também alguma fauna se encontra ali ao alcance da mão.
É bonito mesmo.
Já houve dias em que, assim do nada e no espaço de vinte trinta metros se viam três, quatro coelhos em alegre repasto.
Há raposas com filhotes.
Perdizes em bando em alvoroço com a sua voz característica.
Pássaros em alegre esvoaçar.
Hoje apareceram apenas cinco coelhinhos.
Estavam recolhidos sem dúvida, porque resíduos dos seus intestinos e buracos no chão, não faltavam por lá.
Ou será que também eles já estão «agarrados», por alguma rede da internet?
Digo eu!...
Será que o vício também já lhes chegou?
Se calhar já não têm tempo para comer.
Nem para conviver!..
Hoje estavam preguiçosos os coelhos do Cabo Espichel.
Apesar desta ausência, foi um bom momento.
Um momento de terapia e de libertação.
É para repetir brevemente.

Abraço.

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