domingo, 20 de março de 2011

Primavera














Já anda no ar um cheirinho a primavera que, sem dúvida nos deixa mais soltos, mais frescos, mais leves e mais bem dispostos.
Com o sol a preencher todos os espaços que durante os longos meses do inverno estiveram desactivados e húmidos, dá-nos vontade de virar do avesso tudo o que nos rodeia e alindar os espaços.
Principalmente os espaços exteriores, quase votados ao esquecimento por causa da chuva e do frio que se fizeram sentir durante os longos meses do inverno.
Até o mar se preparou para receber de braços abertos esta estação primaveril.
Está calmo e dócil.
«Espelho, espelho meu.
Haverá alguém no mundo,
Mais belo do que eu»?
Poderia ser esta pergunta que o mar faria a um espelho que hoje lhe retribuísse a imagem.
Estava excepcionalmente bonito o mar.
Com aspecto de grande senhor, convidava a entrar.
Azul, com laivos esverdeados e banhado pelo sol, que o enlaçava, lá estava ele a espreguiçar-se e creio que a descansar da enorme luta que travou ao longo do inverno.
Acho que está em paz com ele e com o mundo.
Cansado mas feliz com este interregno, mas pronto para travar novas batalhas que apareçam, claro está: como bom lutador «não vira a cara» a novos embates. 
Entretanto, recebe a nova estação com bonomia e agrado.
A dama, pelos vistos, estava a fazer-lhe falta.
Acalmou-o.
Oxalá estejam felizes por algum tempo. 
Também nós estamos felizes por eles e com eles.
Bem-vinda, Primavera!...
Não desapareças.

Abraço.
   

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