quarta-feira, 16 de março de 2011

Crianças de hoje












As crianças de hoje têm vida de adultos em ponto pequeno.
Com os dias cheios e horários rígidos para tudo, o tempo com a família e para brincar é pouco.
Na sua maioria, levantam-se demasiado cedo.
Têm os horários dos pais e começam o dia ao mesmo ritmo.
Levantam-se ainda mal dormidas (vão para a cama fora de horas), fazem a higiene à pressa, «engolem» o pequeno-almoço e numa corrida lá vão para escola, para os infantários ou para alguém que durante todo o dia os acolha.
Não são poucas as vezes que as crianças mais pequenas acordam mal dispostas, rabugentas e chegam ao destino a gritar e a fazer birras incontroláveis.
Com os pais incapazes de os dominar e já preocupados com o trabalho que os espera, estas crianças nem sequer têm direito à atenção e ao mimo de que precisam. 
Descompensados e ansiosos, nem sempre quem os acolhe está disponível e ou preparado para os consolar.
Dar-lhes confiança e ternura ajudaria a menorizar a situação. 
Começam o dia, que vai ser grande, um pouco desamparadas e ansiosas.
Normalmente estas crianças, no fim do horário habitual do seu dia escolar, são ainda transportadas para outras instituições para actividades extra-curriculares, que terminam por volta das sete, oito horas ou mais.
Horários demasiado puxados, recreios em correrias loucas e muitas vezes sem vigilância, deixam-nas exaustas e numa excitação incontrolável.
Ao chegarem a casa novamente cansadas, voltam as birras e o mau humor.
Este cenário repete-se diariamente ao longo do ano.
Temos crianças stressadas, ansiosas e com défice de atenção e falta de tempo em família.
Uma vida mais calma, disciplinada e com horários menos pesados para os filhos e para os pais, seria um passo para a estabilidade emocional da família.
Será que seria muito difícil conseguir isto?
Seria um contributo para conseguir uma sociedade melhor.
Lá continuo eu a sonhar!...

Abraço.

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