domingo, 6 de março de 2011

Exigir é preciso















É neste momento preocupação para muita gente um tema que, há muito tempo, deveria ter sido tratado com seriedade e firmeza junto de encarregados de educação, das escolas e da população em geral.
É ele: a alimentação saudável, designadamente nas escolas.
Vivi profissionalmente 30 e tal anos com esta questão todos os dias à minha frente. Houve sempre muito cuidado. Mas, lamentavelmente, nos últimos anos, tivemos muitos problemas nesta área: má alimentação dada às crianças.
Hoje, a questão está, como digo, a ser debatida.
E só agora porquê?
Talvez porque, e principalmente nos meios urbanos, desataram a aparecer, cada vez com mais frequência, crianças obesas, vítimas de uma alimentação errada, descontrolada e sem regras.
Os profissionais de saúde ficaram apreensivos.
Era preciso alertar.
A obesidade, o colesterol e outros problemas, começam a aparecer cada vez com mais frequência em crianças e adolescentes em idade escolar.
Esta vida de correria, de falta de informação e às vezes de algum comodismo, leva a que os pais se queiram libertar um pouco da cozinha e recorram à comida pré-fabricada.
As escolas, essas, por vezes estão entregues à boa vontade de quem as dirige.
Algumas oferecem às crianças toda a gama de comidas e bebidas de má qualidade.
Os alimentos são confeccionados por empresas de «cattering» que só visam o lucro para rechearem os seus cofres.
Querem lá saber da saúde de quem come!
Nesse aspecto, há uma série de críticas a fazer a esses responsáveis pela aquisição das refeições:
- a forma displicente e descuidada como aceitam as ementas que lhes são propostas (ou não, escudando-se atrás de um nutricionista que nunca se vê) – vi isso tanta vez!;
- a ligeireza e insensatez com que deixam ir para a boca das crianças, e não só, comida que é feita de produtos de qualidade inferior e nociva para a saúde;
- a falta de inspecções regulares às cozinhas e aos respectivos alimentos;
- a forma «escura» com que certas instituições sem fins lucrativos recorrem a empresas sem qualidade, em detrimento de servirem os seus utentes com o respeito que merecem;
 - a ignorância de quem vê passar à frente do nariz situações destas e, não só não tem sensibilidade para este assunto, como também não têm autoridade para argumentar e exigir qualidade. 
Os pais, coitados, distraídos na sua maior parte, confiam nos responsáveis.
Os seus filhos estão muito bem entregues!...
É precisa informação, é preciso questionar, é preciso exigir.
Não fazer isso, significa que podemos estar a contribuir para a falta de saúde dos mais jovens.

Abraço. 

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