sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Afectuoso: ser ou não ser










Ainda a propósito de afectos.

Aquela iniciativa do abraço grátis, tocou no meu ponto mais fraco.
Desde sempre fui dirigida para o caminho dos afectos.
Desde sempre os ofereci a quem me rodeou e ou me rodeia.
Desde sempre sofri, por algumas vezes não ter o retorno que desejaria.
E só já muito tarde percebi que o mundo na sua maioria é de gelo.
E não se muda apenas porque só alguns desejariam.
Em matéria de afectos, fui presenteada com um coração demasiado exigente.
Demasiado sensível.
Demasiado ingénuo.
Defeito de educação (?).
Por esse motivo, a minha vida em matéria de afectos, não tem sido fácil.
Nesta selva de mal pensantes, frios e escroques, é preciso ser duro e sacana.
Insensível.
Para meu desgosto, a ternura não faz parte do projecto de vida da maior parte dos seres.
Tento compreender.
Ternura nem todos receberam.
Por isso não podem dá-la.
E depois, que ridículo!
Pensam alguns em jeito de desculpa…
Isso é coisa do passado...

Não concordo.
Não sou assim, não sei ser assim.
E sei que estou certa.
A ternura aquece-nos o coração e os sentidos.
Se não a praticarmos, seremos apenas cubos de gelo andantes e com olhos.
Talvez por isso, o país esteja tão gelado.

Abraço terno para quem gosta.

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