sexta-feira, 29 de julho de 2011

Frieza e loucura













Não daria para acreditar, se não nos entrasse casa dentro quase em directo, o massacre na Noruega.
E logo lá, um país tão famosamente calmo.
Estava tudo em paz, cada um na sua vida, sossegados e seguros, quando de repente o inesperado aconteceu.
Dezenas de pessoas, na sua maioria jovens, foram assassinadas a tiro, quando as suas vidas prometiam um futuro longo e provavelmente feliz.
Impressiona é a premeditação metódica, a frieza da execução e a ausência de qualquer arrependimento na cara e mais tarde no depoimento do assassino.
A sua expressão de felicidade só pode advir de uma ausência de sentimentos que, quem sabe, perdeu no meio de um mundo de solidão, imaginário e virtual em que, principalmente os jovens, se alienam e isolam com tanta oferta fácil.
Viciam-se e tentam reproduzir na vida real o que treinaram nesses jogos que ensinam passo a passo, como se executa um plano que, quase sempre deixa um rasto de sangue vivo atrás, e uma estupefacção difícil de digerir.
São o resultado das tecnologias avançadas mal entendidas e mal utilizadas.
Seria bom repensar estas ofertas, que levam os nossos jovens a engrenar por caminhos altamente aliciantes e perigosos.
O isolamento e a solidão a que esta sociedade se entregou, convidam a compensações perigosas.
Depois do vício instalado, é como se fosse uma droga dura.
E quem tem tempo para se aperceber disto?
O precipício cada vez é mais próximo.
Quem pode ajudar e, em substituição, dar outro aliciante – esse, sim, positivo e virado para fora, que preencha essa solidão?

É perigoso dormir sobre o assunto.
 
Abraço.

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