domingo, 24 de julho de 2011

Monólogos

 






Neste mundo em que vivemos, onde se fala, fala, em que há permanentemente um ruído de fundo e parece que ninguém se ouve, dá a sensação de que existe apenas um monólogo permanente, ensurdecedor e cansativo.
O que será que cada um diz que não se percebe?
Mais parece um monólogo.
Seria giro de se ouvir!...

Desse monólogo de surdos fica a sensação de que há raiva no ar.
Parecemos todos autómatos, a trabalhar sem sabermos muito bem para quê.
Só se trabalha, trabalha, trabalha.
Agora então com tudo ainda mais debaixo de ordens, e a ter que mostrar o que se vale.
Parece que há uma maior necessidade de não levantar os olhos.
Nem sequer endireitar as costas.
Responde-se ao «comando» com ganas, na esperança de salvar (de manter) o emprego, que já de si era precário.
E agora, será que não o é ?...
É uma vida cheia de «esperança e entusiasmo».
Nota-se o brilho nos olhares, a segurança nos semblantes.
Caramba, que falta de confiança!....
É claro que não há que ter preocupações.
Com a protecção amiga deste nosso governo que só quer o nosso bem e com a tal senhora «de» dona Troika!...
Meu Deus, só um céptico, um desconfiado (e quem é desconfiado não é fiel), se atreveria a não acreditar no futuro risonho, que aí se nos apresenta.
É preciso ter calma e confiar.
O nosso futuro e o dos nossos filhos, está «assegurado»!...
O nosso governo e a nossa Mãezinha Troika, farão o resto.
Haja alegria e…
Trabalho, trabalho, trabalho.
Talvez nos livremos de ir engrossar a fila dos sem brigo.
Quem sabe?

Tenhamos calma.
Estamos bem entregues.

Abraço.  

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