quinta-feira, 14 de julho de 2011

Na praia de camarote











A manhã acordou ventosa mas com um sol morno.
A praia chamou-me.
Espanto!
Ainda cedo, e as estradas que me levam à praia, tinham um movimento pouco habitual.
É só quinta-feira!
Olhei.
Vi que aquele movimento era apenas de jovens.
Jovens e mais jovens.
Estranhei.
A música do festival ouviu-se até às tantas.
Achei que seria cedo.
Não, aquela juventude toda estava sedenta de praia.
Momento para decidir qual a praia a escolher, uma vez que pelo que se via, a procura era muita.
Quando cheguei, o panorama prometia.
Tanto «gafanhoto».
Novinhos, alguns com cara de quem sai do buraco pela primeira vez.
Com um olhar tranquilo.
Nada de histerismos.
Apeteceu-me observar tranquilamente.
Não desci à praia.
O mar mesmo ali.
Instalei-me num pequeno recanto, nas escarpas inclinadas que se debruçam para a praia.
Coisa de quem conhece muito bem o terreno que pisa.
Estendi a minha toalha.
Era como se estivesse numa espreguiçadeira.
Puxei do meu livro e, em paz, deliciei-me.
Estive completamente sozinha, mas muito acompanhada e absorvida pela leitura.
É uma companhia excelente.
Já próximo da saída, é que oiço alguém lá atrás a perguntar-me:
«Hei! Se puede bajar lá»?
«Non!»
Tranquilamente, mudaram de rumo.
Há mais opções para seguir.
Boas férias de quatro dias para aqueles jovens.
Alguns, vieram de certeza de muito longe.

Abraço.

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