terça-feira, 25 de outubro de 2011

Lutos
















Ao longo da minha vida, infelizmente já fiz vários.
Vários e fortes.
Não daqueles que nos dão apenas pena, que nos chocam mas depois no fim de uns dias, poucos, passam e a vida continua.
Não. Os que fiz, foram a doer.
Foram de doer mesmo, de marcar fundo e, mesmo com o tempo passando, eles permaneceram no coração e, ainda que não queiramos, vão-no deixando um pouco mais triste.
Até podemos esforçar-nos para não o mostrar, mas os nossos olhos traem-nos, está tudo lá escrito. É só observar.
Há imagens que não se apagam porque sim.
Há sentimentos que não se alteram porque faz jeito a alguém.
Há dores que permanecerão connosco até ao fim.
Não há como dar a volta.
Fica o carimbo bem gravado no coração e no cérebro.
Quem não passou por situações traumáticas, não pode compreender.
Pode até achar que são fraquezas, são debilidades ou apenas pieguices.
Não, posso garantir que, quando se perdem cinco quilos numa semana, depois de um golpe desses, não é por acaso. Não é porque sim apenas.
Hoje, que estou ainda na ressaca da perda da minha gatinha Bianca, veio-me, sem nada fazer para isso, este tema á memória.
Catarses por vezes necessárias e muitas vezes retidas.
Desta vez existe o blogue.
Prometo sair desta fase.

Abraço.

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