segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A minha gatinha Bianca











É com o coração ainda muito apertado, que vou falar desta amiga grande que nos deixou no dia vinte e dois à tarde, sem nada o fazer prever.
Como considero este meu espaço intimista, acho que posso «descarregar» nele a tristeza que neste momento estou, estamos, a viver.
A gata Bianca era de uma dedicação e atitudes quase humanas.
Com uma ligação muito forte com os donos, sobretudo a mim, é difícil passar por este episódio sem sofrer.
Calma, caseira, sempre com um rom- rom doce e apelando aos mimos sem ser chata.
Era de uma inter-acção com os donos que diria pouco vulgar.
Tinha gestos para, junto de nós, conseguir tudo o que precisava.
Por exemplo para lhe darmos água da torneira do bidé, que era onde gostava de beber.
Para me chamar para a cama, onde se enroscava a meu lado e me dava lambidelas como se fossem beijinhos.
Para pedir comida quando a tigela já tinha o fundo a ver-se.
Para gemer junto de mim se me visse triste.
E com os seus olhos azuis cor do céu, mostrar ternura, preocupação ou entusiasmo e alegria, conforme a situação.
Era uma gata alegre, brincalhona e atrevida.
Enquanto viveu foi muito feliz.
A paixão mútua que vivemos ficará para sempre na minha, nossa, memória.
Vai ser difícil apagar a imagem dela já sem vida, apesar de ter ficado com o aspecto bonito que sempre teve.
A pancada na cabeça que levou fora da estrada, foi trabalho de um ser sem nome e sem noção do perigo, que por acaso movimenta um volante.
Não era hábito sair de dentro do espaço dela.
Será que há mesmo uma hora marcada?

Até logo, Bianca. Estarás sempre aqui.   

Abraço.

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