domingo, 13 de novembro de 2011

É bonito mesmo












Desde que, há três anos e três meses, me encontro reclusa por vontade própria, neste canto que me encanta, aqui numa aldeia de Sesimbra, que sinto a cada momento, os olhos cheios de natureza prenhe de beleza.
Ele é o mar que cada dia nos apresenta uma variante.
Ora calmo e grande, com o seu ar bonacheirão.
Ora enraivecido e espumando furioso sem paciência.
Ele é o campo com a sua grandeza imponente de pinheirais sem fim à vista.
São as hortas que, durante todo o ano, enchem as casas de hortaliças e frutos saborosos.
É o ambiente de aldeia em si, que me envolve e devolve aos meus tempos de menina saudável e livre.
Àquele tempo em que se iam colher, ali, rápido, as couves para o caldo verde.
Ou o tomate para a salada.
É este sítio que me envolve e devolve às relações de proximidade e afecto com os vizinhos.
É aqui que me reconhecem na rua e me estimam nos mais variados sítios que frequento.
É esta beleza física e com afectos, que me enche a alma e o coração.
Que me dá alento para esquecer momentos menos bons, que afinal todos nós temos.
É neste canto que passo o meu tempo.
Onde sinto que cresci muito.
Onde de uma forma calma e tranquila, tenho tempo para me dedicar a coisas para as quais não tinha tempo nem disponibilidade psicológica.
É aqui que penso a fundo nas coisas da vida.
É aqui que «mastigo».
Assimilo, digiro e traduzo os acontecimentos do dia-a-dia
É aqui que tento resolver-me.
É aqui que gosto de estar e onde me sinto bem.
Neste cantinho, na península de Sesimbra.
Algures, bem juntinho ao Oceano Atlântico.

Aqui.

Abraço.

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