quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Natal da crise














Nem sequer sei se metade do país já deu pela chegada vagarosa deste Natal.
Aproxima-se sem ruído.
Como que a não querer ser notado.
O Natal, sempre tão efusivo!
Pé-ante-pé, eis que se apresenta.
Aos poucos.
Sem os espalhafatos do costume.
Por que será?
Nos rostos, na forma de estar da maior parte dos portugueses, não há sombras de festa.
Nem se ouve falar do acontecimento sempre tão envolvente.
Faltou o gás.
O combustível.
Os motores não querem andar.
Os natais consumistas vão ser, provavelmente, os mais penalizados!...
E agora?
As sacadas de inutilidades?
Os supérfluos?
Só restam os afectos.
Onde é que eles andam?

Por onde andaram?

Mesmo não parecendo, foi o que sempre faltou.
Tudo, não passava de cenário para esquecer outros males.
Este ano fica pior.
Não haverá onde descarregar as angústias, as frustrações, os feitios avessos, o cansaço e…já agora, a indignação.

Coisas do consumo exagerado.

O que é isso de afectos?

Abraço.

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