domingo, 27 de novembro de 2011

Voar sem asas








Pegadas de dinossauros 
Pedra da Mua - Cabo Espichel



É boa esta sensação de voar sem asas.
Com os pés no chão e sem asas.
Num local onde serra e mar vivem paredes-meias.
Onde a civilização ainda não chegou.
Onde a natureza está quase intacta.
Uns trilhos apenas.
Alguns regos que a chuva se encarregou de esculpir na terra batida e avermelhada.
E pequenas galerias.
Alinhadas ou salpicadas aqui e ali, que alguns milhares de coelhos nas suas horas de solidão(?) se divertem a fazer.
Uma imensidão de Natureza onde o silêncio reina.
Limitei-me a fechar os olhos e a ouvir o silêncio.
Quase dói de tão imenso que é!...
Sabe bem este silêncio.
É como que uma lavagem ao cérebro, poluído com tanta poeira.
Senti que descolei e voei alto, leve que nem pena de gaivota.
Foram alguns momentos de evasão.
Quando os abri, afinal, não tinha saído daquela rocha forte e secular que me recebeu à chegada.
Estava apenas envolvida por uma calma serena e quase etérea.
Gosto daquele sítio.
Não me admiro nada que os dinossauros também tenham gostado, há milhares de anos!...
 
Grandes, mas de bom gosto, aqueles dinossauros!       

Abraço.

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