quarta-feira, 11 de abril de 2012

Qualidade ou a falta dela














Qualidade.
Característica pouco apreciada no momento que corre.

Qualidade.
Deveria ser, não só exigida, como também apreciada, premiada até.

Produtos de qualidade.
Profissionais de qualidade.
Serviços de qualidade.
Pessoas de qualidade.

A meu ver, e sei que não estou sozinha, o país tornou-se um país de pechisbeque, um país de plástico.
Os responsáveis não investem na cultura, nos valores e na qualidade.
Contentam-se com as aparências, com o vazio e com o artificial.
Até sabemos que, muitas vezes, os que se empenham, os que têm brio e os que não bajulam, são os menos apreciados.

Vivemos numa sociedade de faz-de-conta.
Uma sociedade de artifícios.
Estamos numa crise não só económica, mas de extrema falta de qualidade.
Parece que a qualidade nem sequer faz falta.
É preocupante, porque esta crise tende a crescer cada vez mais.

Ao falar de plástico, lembrei-me do momento exacto, em que tive o primeiro contacto com esse material.
Chamavam-lhe casquinha.
Tinha os meus quatro, cinco anos.
Foi uma oferta de natal.
Um minúsculo serviço de chá completo e minuciosamente desenhado, sem faltar qualquer pormenor.
Vinha num invólucro de papel celofane e deixou-me louca.
Era cor-de-rosa.
Mal sabia eu o que aquele material vistoso e atractivo iria significar no futuro!
Tudo se rendeu a esta invenção.
Até a sociedade!... 

Abraço.

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