Qualidade.
Característica pouco apreciada no momento que corre.
Qualidade.
Deveria ser, não só exigida, como também apreciada, premiada
até.
Produtos de qualidade.
Profissionais de qualidade.
Serviços de qualidade.
Pessoas de qualidade.
A meu ver, e sei que não estou sozinha, o país tornou-se um
país de pechisbeque, um país de plástico.
Os responsáveis não investem na cultura, nos valores e na
qualidade.
Contentam-se com as aparências, com o vazio e com o
artificial.
Até sabemos que, muitas vezes, os que se empenham, os que têm
brio e os que não bajulam, são os menos apreciados.
Vivemos numa sociedade de faz-de-conta.
Uma sociedade de artifícios.
Estamos numa crise não só económica, mas de extrema falta de
qualidade.
Parece que a qualidade nem sequer faz falta.
É preocupante, porque esta crise tende a crescer cada vez
mais.
Ao falar de plástico, lembrei-me do momento exacto, em que
tive o primeiro contacto com esse material.
Chamavam-lhe casquinha.
Tinha os meus quatro, cinco anos.
Foi uma oferta de natal.
Um minúsculo serviço de chá completo e minuciosamente
desenhado, sem faltar qualquer pormenor.
Vinha num invólucro de papel celofane e deixou-me louca.
Era cor-de-rosa.
Mal sabia eu o que aquele material vistoso e atractivo iria significar
no futuro!
Tudo se rendeu a esta invenção.
Até a sociedade!...
Abraço.
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