segunda-feira, 23 de abril de 2012

Um cheirinho a cravo



















Estação de televisão SIC.

Cheira-me a cravos!...
Ah! Vinte e cinco de Abril..
Trinta e oito anos!

Alegria, união, sintonia, Liberdade!...

Bebi aquelas imagens.
Distantes, mas presentes no meu coração.
Um pouco de nostalgia, apenas e sempre...
Alguma frustração.
Não assisti àquele momento histórico.
Estava com o meu marido que andava de arma na mão em Cabinda.

Nós dois!

Quase crianças, no início das nossas vidas, a combater «os turras»!
Meu Deus que heresia!...
E o futuro a fugir...
E o vinte e cinco de Abril a acontecer.

E nós na ignorância.
Na expectativa...
Chegaram rumores.
O que será?
E os corações, … pum, pum.
Foi verdade.
O país que deixámos amordaçado e silenciado estava a mexer e falava, falava, gritava de alegria.
E nós não vimos, não fomos presenteados.
Tivemos que concretizar a tarefa.
A tarefa que nos impuseram os que se serviam dela para viver.
Lá estávamos nós, distantes, com saudades e ansiosos.
As imagens que a SIC passou prenderam-me.
Acontece-me sempre.
Coração apertado e…nostálgica!
Tanta pena!

Agora, o cravo está murcho.
Mas ainda cheira.
Já distante e… tão presente!
Vinte e cinco de Abril.
Ingénuo, idealista, mas com a coragem dos bravos.
Que, em paz nos trouxeram a liberdade.

É claro que valeu a pena.

Abraço.

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