Matilde
Zacarias
Bianca
Simão e Tobias
Simão e Jasmim
Quando se decide ter um ou mais animais de estimação, tem de
se ter a certeza de que se gosta mesmo de animais e que estamos dispostos a
abdicar de algumas coisa em favor dos mesmos.
O que acontece é que nem sempre é assim.
Muitas vezes levam-se para casa animais por impulso, outras
porque as crianças os querem.
De atitudes destas resultam depois animais infelizes,
animais acorrentados, animais abandonados.
Só vale a pena tê-los, quando estamos dispostos a aceitar os
hipotéticos incómodos que eles dão e aceitar sem enfado os encargos que passamos
a ter.
Eu já tive vários.
Entre eles um cão e uma cadela.
Neste momento tenho só gatos.
São cinco.
Pode parecer um exagero.
Até eu acho um pouco isso.
Tudo começou com duas gatinhas.
Mas a Bianquinha morreu aqui atropelada.
Agora, tenho então os cinco.
Mas devo dizer que três deles me apareceram à porta
abandonados.
Primeiro, dois, dentro de um saco fechado.
Não tinham mais de três semanas.
Criei-os a biberão.
Depois, outro. Um ano depois.
Apareceu-me desorientado e a pedir socorro.
Largaram-no quase de certeza, aqui na rua onde moro.
Só dois foram por iniciativa minha.
São óptimos companheiros.
Organizam-se entre eles e nós nem damos por eles.
Divertem-se uns com os outros e agora está a acontecer uma
coisa engraçadíssima: o pequenino, chegado há quinze dias, está a ser protegido
pelo mandão cá de casa que é o Simão.
Assumiu-o como filho e trata-o como se fosse a mãe.
Como já fizera com o Tobias...
Para quem gosta, ficam algumas poses engraçadas.
Penso até que servirão para alguns humanos pensarem um
pouco.
Abraço.
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