domingo, 23 de setembro de 2012

O sótão de hoje



















Há já algum tempo, falei aqui com muita saudade e ternura, do sótão que me serviu de casinha das bonecas na minha meninice.
Também referi de como lá fui feliz.
Pela vida fora, continuei a manter o mesmo gosto por esses espaços.
Os sótãos, não sei explicar muito bem porquê, atraem-me.
Talvez pelo aconchego, pelo intimismo, pela maior proximidade das estrelas?

Por ironia do destino e no fim de muitos anos, vim parar a uma casa que tem um.
Fiquei encantada.
Os quartos de dormir foram instalados lá.
Foi uma sensação de regresso ao passado.
O sótão da minha infância está sempre presente.

Apeteceu-me hoje escrever sobre este assunto, porque acordei de madrugada ao som de uma valente trovoada, acompanhada de chuva e vento.
Num sótão sente-se ainda com mais força o temporal.
Mas como somos racionais, também sabemos que é mais o que parece do que o que é.
Contudo, às vezes a coisa impressiona!

Soube-me muito bem no aconchego do edredão, voltar às sensações da minha vida de menina.   
O ribombar dos trovões, as sacudidelas do vento e fustigação da chuva nas telhas, fizeram-me voar no tempo ainda com mais saudade.

Sou sonhadora por natureza.
Peço desculpa a quem não aprecia.

Abraço.

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